quinta-feira, 17 de novembro de 2011

GUINÉ-BISSAU: ACORDEMOS!

GUINÉ – BISSAU – ACORDEMOS
COMITÉ ABEL DJASSI

EDIÇÃO

                                                                                                                    
                                                                                                  


I – EDITORIAL

“POVO” DA GUINÉ


Tal como ontem resistimos e lutamos contra a penetração e ocupação do nosso territórios por estranhos “NALAS”, ou seja, ocupadores de territórios alheios, portadores de comércio desigual e traficantes da nossa juventude como escravos; e, mais tarde lutamos e vencemos o Colonialismo Português; hoje, por maioria de razão, habituados a lutar e vencer, devemos redobrar esforços para fazer crescer a nossa consciência nacional, a luz do grito de apelo lançado no poema publicado na 1ª EDIÇÃO; “TIU UPADAI GUMIS KIRSINTINU KORSON”.

O que significa, que a alma do Tio Upadai Gumis nos ilumine para a rápida tomada de consciência nacional (Upadai Gumis, já falecido, foi um dos sobreviventes do Massacre de Pindjikiti de 1959). Para que assim, deste modo, possamos corresponder à chamada do Comité Abel Djassi e “Dismantcha N´Buludju Zain Lopes”. Quer dizer, abrir o embrulho Zain Lopes, que nos aportará os segredos e as ferramentas para a luta que estamos a travar contra a política reles dos “Tabernerus e Katchur-Mangus” “Tabernerus”, comerciantes de baixo nível, “Katchur-Mangus”, animais que não escolhe meios para atingirem os fins.

Portanto, vamos lutar para vencer. Vencer para honrar os nossos Heróis e Mártires; honrá-los para lograr uma Guiné-Bissau de prosperidade para os seus filhos, motivo porque lutaram e deram as suas próprias vidas.

Esta 2ª EDIÇÃO do Comité Abel Djassi, na esteira do que foi a primeira edicao, incide sobre temas nacionais a procura de resgatar a verdadeira GUINENDADE, caracterizada pela solidariedade, integridade, honestidade e liberdade, virtudes que sempre acompanharam o Guineense  e pelos quais nunca deixou de lutar.

O amor a pátria, e o desejo ao progresso constituíram e ainda constituem pilares onde se alicerçam e se interagem os esforços dos povos da Guiné-Bissau desde há muitos séculos.

Caros concidadãos; vejamos hoje o que diferentes regimes e governos que tomaram conta do país desde a «proclamação do nosso Estado soberano em 1973» fizeram ou não fizeram:

 No mono partidarismo, conhecemos o terror, matanças, civicias, desentendimento, toda a espécie de abusos de poder e o desmando económico e social.

A partir de 1994, entramos no multipartidarismo com a 1ªs. Eleições. Esta fase da nossa triste história que aspirávamos poder trazer melhorias nas nossas vidas veio a caracterizar-se por cenários piores do que no mono partidarismo.

No mono partidarismo (1973 – 1994), tivemos cinco (05) Chefes de Governo e dois (2) Chefes de Estado;

No multipartidarismo (1994 – presente data) tivemos:
Doze (doze) Chefes de Governo e sete (7) Presidentes da República; em apenas dezasseis (16) anos; contra os vinte (21) anos do mono partidarismo.

Nesse período, assistimos a mais violência, matanças, distriuição, desorganização do Estado e da sociedade, delapidação económica, perversão de valores e total degradação económica, cultural e social.

O editorial desta 2ª EDIÇÃO do Comité Abel Djassi, fica por aqui, os nossos companheiros e novos leitores, terão a oportunidade de ver aprofundas outras questões nacionais ainda nesta edição nas rubricas:

Nossa identidade, nossos valores. A ABORDAGEM GENÉRICA E O TEMA ESPECÍFICO


O Tchon Malgós, nosso companheiro, o editor do Comité Abel Djassi, aproveita  para saudar efusivamente os companheiros de luta que aderiram massivamente, na 1ª EDIÇÃO, trazendo críticas, comentários e sugestões, extremamente valiosas que permitiram o melhorar desta 2ª EDIÇÃO. O Comité Abel Djassi começara a publicar paulatinamente as numerosas contribuições e espera mais adesões e mais companheiros de luta.

Cientes de que o caminho será longo o nosso lema é a paciência e trabalho; a nossa luta é sem armas; a nossa luta é nas urnas; em democracia, restituir a dignidade ao Guineense. A próxima edição promete muito, aguardamos mais contribuições para uma ainda melhor 3ª EDIÇÃO.

 Caro concidadão, não deixe para amanhã o que pode fazer hoje, seja dos primeiras nesta longa mas vitoriosa luta.

 Até breve… 

TCHON MALGÓS. 
       




II- Nossa identidade;  nossos valores.


A nossa identidade, nossos valores é uma rubrica que pretende ir ao encontro dos nossos concidadãos tentando com eles compartilhar os nossos sentimentos de reconhecimento das figuras emblemáticas da nossa História heróica de resistência secular e resgatar os valores morais, culturais, etc. dos nossos povos.
Não pretendemos excluir ninguém, tal como o afirmamos na 1ªEdição. Por isso contamos com a vossa franca colaboração o que certamente contribuirá para o refundar da nossa identidade e os nossos valores esquecidos.


Na edição anterior afloramos algumas ideias sobre o patrono do Comité do seu nome de luta ABEL DJASSI, como é de dominio público e internacional do nosso saudoso Amilcar Lopes Cabral, teve que adoptar o nome de luta Abel Djassi porquanto na clandestinidade porque perseguido por  sistema colonial,
Também referimos o nome de luta Zain Lopes companheiro e camarada do nosso patrono que nas prisões da Policia politica Portuguesa passava por este nome; enquanto, na verdade se tratava de RAFAEL PAULA GOMES BARBOSA, então presidente do Comité Central do Movimento de Libertação-PAIGC, liderado por AMILCAR CABRAL.

Nas fotos  apresentadas vemos:



Amilcar LOPES CABRAL, Abel Djassi o seu nome de luta  e dois dos seus camaradas: FRANCISCO MENDES e OSVALDO VIERA; percorrendo as matas da Guiné e o mundo em busca da imancipação e independencia dos povos da Guiné e Cabo Verde. Abel Djassi, arquitecto e pai das nacionalidades Guineenses e Caboverdeana.




 Rafael Paula Gomes Barbosa, Zain Lopes seu nome de luta e seu  companheiro Henry Labery;  percorrendo as tabancas da Guiné e o mundo em busca da liberdade e democracia para os Guineenses. Nesta foto, participando em Dakar, na primeira conferência Pan-Africana de identficação de melhores caminhos para a transição politica em Africa; 1992. Zain Lopes, apesar da idade e das vicessitudes porque passou, mantinha-se fiel  à linha que com Abel Djassi traçaram.



       
 III-A FARSA DO TABERNEIRO
    

O Comité Abel Djassi pretende que os Guineenses se levantem e se unam para em conjunto e em uníssono dizermos BASTA a miséria, mentiras e corrupção.

 Vamos mudar e podemos mudar!!!

O que tem acontecido com os governantes que até aqui dirigiram a Guiné, o fizeram na base de mentira, falta de honestidade e desrespeito à dignidade dos Guineenses.

 Sem escrúpulos levaram os Guineenses a votarem neles na base de mentiras, projectos irrealistas com fundo pessoal ou seja envolvido de interesses puramente pessoais e familiares.

O desrespeito aos valores da Honestidade, Solidariedade, Integridade e Guinendade constitui uma das causas imediatas dos males e do poder que temos, por isso o Comité Abel Djassi quer virar a pagina, combater esses males que quase cristalizaram na nossa sociedade e que são impostos aos Guineenses pelos diferentes governantes.

 Despertai Guineense!!!!

O Comité não está contra ninguém  em  pessoa, mas infelizmente os que governam neste momento,  o fazem com muitas mentiras e desonestidade, o que contraria os princípios e valores pelos quais lutamos; por isso são objecto do nosso combate e de todos guineenses amantes de uma democracia mais justa, mais transparente…

Porque usar e abusar do " Sumbia de Cabral"  para servir somente como elemento de propaganda e demagogia em nada pode servir de solução… se na  cabeça de quem o usa nada de bom pensa para esse povo e muito menos algo de bom para os camaradas de Cabral, pelo contrário vai matando cada dia os ideais de Cabral com as suas mentiras e desonestidade… até ao ponto do seu sumbia ficar sujo de sangue dos camaradas que barbaramente são assassinados  por motivos fúteis e só porque defendem ideais diferentes e questionam a sua liderança em Democracia.


Curiosamente, todos estes actos acontecem durante mandato do Srº Carlos Gomes Júnior, como chefe do Governo.

 Pagar salários míseros todos os meses e retirá-lo através de subida sistemática dos preços de produtos da primeira necessidade, do combustível e gás butano para enriquecer a PETROMAR, A PETROGAL, A AGÊNCIA SAGRES e BAO criando assim oligarquia financeira composto pelos seus (Esposa, cunhados, genros, familiares com alguns sócios sujos metidos pelo meio), concentrando nele e nos seus tudo o que retira de forma burlosa e abusiva no magro rendimento do Guineense, comportando-se como um verdadeiro TABERNEIRO, constitui uma autêntica afronta; isto é, deshonestidade e desrespeito para com este povo sacrificado e martirizado que não vê dias melhores chegarem, devido a uma ausência total de medidas correctivas de governação viradas a satisfação das necessidades básicas da população, tais como o controle da inflação, a mediação dos preços dos produtos da 1ª necessidade.


Agora é moda!

Falar da dita “Auto-estrada”, que não é nada mais nada menos do que um simples troço que a ninguém mete inveja, mesmo para aqueles que nunca tiveram oportunidade de viajar para outras paragens e verem por lá o que é uma Auto-Estrada e como são executados os seus acabamentos, as suas dimensões, os passeios, os espaços reservados aos peões aos transportes públicos etc. etc.

Quem não se lembra do monumental projecto desta “Auto-Estrada” dos finais dos anos 70?

Quem não sabe que o espectáculo  que hoje assistimos é uma demonstração das fragilidades do Governo, a constatar pelas dimensões reduzidas a que a estrada ficou votada. Basta olhar para o projecto originário desta actual estrada que previa tudo e mais alguma coisa (ver o específico), menos os semáforos de pouca vergonha que de um dia para o outro transformaram-se em semáforos intermitentes (como “djambureres”) o que veio a criar mais transtornos ao trânsito e aos peões.


É isso é que se chama infra-estruturas para um Pais que se reclama querer um desenvolvimento sustentado com todo o elogio que temos estado a assistir dos parceiros, nomeadamente do B.M. e F.M.I?

Aonde estão estes parceiros que pelos vistos assistem este espectáculo mudos e serenos até que um dia se surpreendam com uma explosão?.. tal como tem acontecido ciclicamente sem grandes novidades para quem é observador atento.

É isto que se espera de um pais com mais de duas décadas de independência que contou com apoios jamais recebidos por nenhum pais após a sua independência? Apoios esses incondicionais que foram todos parar nos bolsos daqueles maus filhos dessa terra que ainda estão sobrevivo e continuam a delapidar o nosso património que  neste  governo o caso mudou de cara para o Srº  Carlos Gomes Júnior?


Ainda sobre as estradas!


Que pouca vergonha e falta de sensatez…

Quem não sabe que esta “Auto-Estrada” exibida todos os dias  como bandeira, que por sinal devia ser construída  há 30 anos atrás e melhor, além de ter recebido para a sua construção um montante que não foi aplicado como de resto as imagens falam por si; o remanescente para o seu bolso e dos seus, sem pensar no transtorno que a restrição do projecto pelo seu interesse pessoal provoca no transito e movimento das pessoas.

  É falta de honestidade e desrespeito ao Guineense que merece o melhor do seu sacrifício, pois o dinheiro que se aplicou e aquele que não se aplicou serão pagos pelos Guineenses, seus filhos, netos e bisnetos. Tem que se mandar PARAR!!!!

Ainda sobre as estradas!

Vejam o que aconteceu no troço, aliás na estrada “QG”_ “Antula”. É uma vergonha chegar-se a esse ponto. Os espaços para os passeios são maiores do que as duas faixas da estrada juntas. A que se deveu a isso? Falta de fiscalização por negligência grosseira? Desvio de procedimentos?

Ou algum gato escondido com o rabo entalado na porta!?

Só o Senhor Carlos Gomes Júnior e a sua equipa sabem explicar… (Até já se fala de luvas…de casas construídas em tempo recorde aqui e acolá para o responsável do pelouro e oferecidas ao DG do mesmo pelouro, assunto sobre o qual voltaremos em edições futuras).

Não nos conformemos. Vamos exigir responsabilidades. Vamos pedir explicações.

Assiste-nos esse direito que resulta do facto de termos sido nós a fonte de legitimação dos governantes, nós “o povo”.


Nós é que entregamos o poder aos governantes através das urnas para cumprir um determinado mandato para servir os nossos interesses, mas o Carlos Gomes está a defraudá-los a favor dos seus interesses e dos seus compartes.

A Governação deve obedecer determinados critérios que não devem ser manipulados a bel-prazer dos governantes.

 Esses critérios devem ter em conta os interesses dos governados, o que quer dizer, os interesses da colectividade pela qual governa-se.

O que constatamos é que o actual Governo de Carlos Gomes está a delapidar o património de todos nós pondo em causa os nossos interesses, utilizando o Estado e sua a máquina  para se enriquecer.

Esta prática viola e põe em causa os ideais do comité Abel Djassi e de todos os cidadãos amantes desta bendita terra de CabraL.

 
Porque quando:
Convence a opinião internacional com discursos demagógicos em nome de unidade nacional e democracia, e não consegue no seio do seu próprio partido estabelecer um diálogo interno e muito menos com a oposição; cria secreta privada para liquidar opositores e semear intrigas e contradições no seio das chefias militares, entre chefias militares e presidente da república, manifestando-se como um autêntico sepulcro caiado, quando por fora tudo aparenta lindo, no seu interior uma podridão; tudo isto não tem outra interpretação. Isto significa, desonestidade e desrespeito para com o “povo” Guineense que não o MERECE.
Não vamos aceitar mais ser enganados, defraudados.


Não vamos aceitar mais a instalação de monstros políticos no Pais!!!

Por  isso é que o Tchom Malgós, na sua 1ª edição fez publicar um imemorável poema de um lutador incansável pela liberdade independência e democracia guineense que preferindo manter por enquanto o anonimato, alerta que:

a)   “O povo não é burro e preso atrelado;
b)  O Povo não é tolo;
c)    Ele sabe, viu e conhece;

Por isso, Ele vai erguer-se, vai levantar-se…Porque a mentira é efémera…”

Tudo isso para chamar a atenção para o que se vive hoje e o que poderá vir a acontecer amanhã se não tomarmos a consciência e medidas… para dizer basta.

O Comité Abel Djassi convida a todos os Guineenses a  MUDAR, porque podemos  MUDAR e  MANDAR PARAR o SUMBIA-DE-SANGUE, TABERNEIRO,  porque não MERECEMOS.



ACTUALIDADE
I
Ø Mais de 60 combatentes da Liberdade da Pátria saíram a rua em Bissau no dia 10 de Novembro de 2011, em representação de muitos do seus camaradas, reivindicando o aumento das pensões de cerca de 40 USD Americanos ao quer corresponde a 14.000 francos cfas que auferem por mês.
Ø Combatentes da Liberdade da Pátria a viverem no limiar da pobreza?! Vejam só…

II
Cartógrafos reclamam 2 meses de Salários em atraso, suspendendo os trabalhos; o que poderá vir a comprometer a realização das eleições.

III
Como se isso não bastasse, agora vem o srº Taberneiro, a propósito da nossa selecção Nacional de futebol que pelos vistos não teve o apoio merecido por quem de direito, declarar contra tudo e todos que assume todos os compromissos da Federação, do Ministério da tutela e renova automaticamente e de boca cheia o contrato com o treinador Norton de Matos. Que pouca vergonha. Que tamanha usurpação de competências…

 
Tal como na edição anterior estamos aqui de novo para renovar a nossa forte determinação em mudar o estado das coisas… o que só será possível com a inestimável participação e colaboração dos nossos concidadãos…
Hoje ensaiamos abordar um tema da actualidade. E na próxima edição o que pensa?
Até breve…

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