quinta-feira, 20 de outubro de 2011

GUINÉ-BISSAU: ACORDEMOS!

                                               Comité Abel Djassi

               


Povo da Guiné.                      

A necessidade que tivemos nos anos 30, 40, 50, 60 e 70 em unirmos e lutarmos pela nossa independência, é a mesma que temos hoje na luta pela tomada de Consciência Nacional. Ela nos levará a uma Guiné que os nossos heróis sonharam e pela qual muitos deram a sua juventude, inclusive a vida.





O blogue Comité ABEL DJASSI, propõe envolver  todos os guineense; desde os jovens, velhos, mulheres, homens na tomada de CONSCIENCIA NACIONAL, onde os valores da GUINENDADE, da SOLIDARIEDADE, da INTEGRIDADE, da HONESTIDADE, da LIBERDADE, da referência aos nossos heróis e ao nosso passado glorioso da resistência a independência possam voltar a ser revalorizados como foi sempre e era o sonho do nosso Saudoso líder Amílcar Cabral.

Valor da GUINENDADE, porque somos seres humanos que Deus quis que vivamos juntos, com afinidades linguísticas e culturais que se entrelaçam entre si, onde as diferenças mantidas em unidade constituem a beleza que anima as nossas almas em viver e ser Guineense e, que a unidade dessas diferenças sempre nos serviu para alcançarmos as nossas vitórias.

SOLIDARIEDADE, pois o Guineense é solidária, o Guineense é tão solidário que é capaz de dar o último que tem ao mais necessitado. Em qualquer família Guineense por mais carente que seja, recebe um hóspede com todo o que tem. Ainda o valor da solidariedade Guineense dá-se ao luxo de sempre guardar comida para uma visita, hospede ou um viajante. Tudo isso demonstra que o Guineense jamais foi egoísta, jamais deixou de pensar em nós, jamais pensou em açambarcar o que é de todos nós.  

INTEGRIDADE, o Guineense, sempre viveu em paz com a sua alma, porque sempre fez o que quis fazer tomando em conta o próximo e de forma coerente. Fiel aos seus princípios, ao seu pensamento, ao seu valor social. Longe da intriga, mesquinhez e de "boltia boltia".

HONESTIDADE, o Guineense foi sempre honesto, nunca quis o que não lhe pertence e muito menos o que é de nós ou melhor de todos. A força da honestidade do Guineense deu-lhe a dignidade universal. Guineense prefere o mais grande sacrifício para poder conservar a dignidade e a honestidade da família e da sua pessoa. O Guineense é capaz de suicidar-se quando confrontado com acto de desonestidade.

LIBERDADE, o sentimento da liberdade no povo Guineense foi sempre  o seu manifesto, o Guineense nunca quis que dependesse de alguém, muito menos que a sua liberdade de pensamento e acção fosse comprada por alguém, por grupo ou por outra nação. O Valor da LIBERDADE do Guineense é intrínseco a Ele de tal forma que resistiu a todas as formas de privacidade da sua Liberdade ou de subjugação, tendo sido forçado por isso a optar pelo último recurso… pegando em armas para reconquistá-la.

Guineenses: o nosso país está ameaçado, está em perigo! Está ser fustigado pela corrupção, enriquecimento ilícito, falta de moral, falta de honestidade e integridade, falta de princípios, mentiras e intrigas.
Na nossa Guiné de hoje ninguém acredita que é possível um provir onde os jovens possam sonhar, onde todos nós possamos aprender de novo o significado das palavras e seus conteúdos como GUINENDADE, SOLIDARIEDADE, INTEGRIDADE, HONESTIDADE e LIBERDADE.

 Chegou a hora! Nós, mas todos nós de nos levantarmos para pôr cobro a inércia em que o Guineense se encontra, ao ponto de aceitar coisas miúdas, aceitar mentiras em vez da verdade, aceitar desonestidade em vez da honestidade, negar a solidariedade do Guineense em beneficio do seu interesse pessoal, onde as referencias não dizem nada a ninguém, onde os heróis de ontem, hoje são condenados e julgados pela gesta heróica e. o servil e corrupto de ontem, é hoje herói e benfeitor ou salvador.

Está mais que evidente e comprovado de que a solução dos problemas da Guiné não passam necessariamente nas mãos dos políticos e nem reside tão só em partidos políticos, mas sim por todos nós. A dimensão do problema é mais transversal…na qual são convocados todos os guineenses sem distinção de raça cor e de origem social de tal modo que se desencadeie um novo modelo de pensamento; um novo pulsar Democrático…enfim! UM VERDADEIRO RENASCIMENTO.

Assim, e por isso, o Comité Abel Djassi, pertence-nos a todos. Cada Guineense em sua casa deve sentir-se revisto e participante neste projecto Nacional e  contribuir através de um manifesto, um texto, uma resistência a inércia que nos consome dia a dia, uma mensagem amiga ao próximo, um gesto de solidariedade, uma critica construtiva, se necessário uma manifestação em consciência. Só assim poderemos Libertar a nossa Guiné Adormecida.

Não podemos deixar cair o legado dos nossos mártires e heróis pela nossa dignidade, como Abel Djassi, Zain Lopes, Domingos Ramos, Rui Djassi, Pansau Na Isna, Titina Silá, Domingos Badinca, Irama, professor Tata, Bubacar Baldé e tantos outros que por essa dignidade foram atingidos pela bala inimiga na frente de combate ou na clandestinidade ou nas prisões da PIDE-DGS.

Também dos nossos heróis e mártires da resistência secular dos nossos povos à penetração  e dominação estrangeira, ainda não reconhecidos pelas instituições do Estado; tais como Okinka Pampa, Mundjur Baló e tantos e tantos outros

Vamos todos nós unirmos em torno do comité ABEL DJASSI, vamos constituir um movimento transversal, onde ninguém é visto pelas cores partidárias, étnicas ou religiosas; Onde a referência é a Guiné e os seus valores, onde o objectivo é REFUNDAR a Guiné e salvá-la do que sobre ela paira.




"NÔ LANTA NÔ FIRMA". NÔ RESISTE SUMA NÔ HEROIS”.


Para o lançamento do Blogue nada melhor do que um Poema de um incansável lutador pela liberdade da Guiné, que ainda muito jovem se envolveu na clandestinidade.

 Resistente como " PÓ DI BISSOLON", não deixou-se consumir pela inércia que nos consome cada dia que passa, ainda se encontra na vanguarda dos que pensam de que outra Guiné é possível, não esta de hoje.

 Um combatente pelo saber, porque sempre acreditou que o homem é totalmente livre quando " Conhece os fenómenos da natureza, sabe interpretá-los e sabe intervir neles para sua transformação em prol do homem".

 Combatente pela Democracia e liberdade de expressão. Nunca mais terminaríamos a apresentação do sujeito-combatente, porque são tantas categorias, adjectivos que o podíamos imputar.

 Mas, o melhor é você leitor desse blogue ler o poema em questão e tirar as suas ilações e conclusões.




KASISA DI KOLON NA MANGASON



Anos i rasa tchebem:
Bu kai riba di nos
bu molostra
No kai riba di bo
 bu molostra
Es  i se kombersa .
Pubis bo obi de!
Na se batamba
na se mandjuandadi
tuku-tuku ieren
sin sinhor; chefi.
La!...
Bardadi e malgueta
I ka ta kumedu el son

Si boka  kapliu 
fitcha.
Si  bu ka  fitcha 
gosi  gosi
Bu  na  dadu  pasadju
Pa  utru  mundu

Kilis  kuma 
Na no mar
Na  no  matu
Tubaron  ma  tchiu
Di ke   pis
Di   ke   bisilon
Kuma    elis  e  tubaron



Si   bu  pensa
Bu  sibi    piska o  Rema
Alas  na  rabatau  bida

Si  bu  fala
Bu  pudi   labur   o  montia 
Disna   badja  e   bibiu   odju

Na  no ruas
Na  no  estradas
Na  no  kasas
Na  no Tera
Renansa
Di    Tabernerus   ku  katchur-mangus
Ki   Finkadu
Na  kumpra-Kumpra
Na Bindi-Bindi

SI  bu  iara
Bu  sedu  Loseru   
Bu   sedu  Letradu
Bu sedu trabadjadur
Bu   N’gabadu
Alau  na  N’bera
O  ku  vistu    “extra-trestre”



Afadide!
Aonti
Lamberti-Kanenin
Yuli-yala
Katchur  di tugas 
 Aos
Kuma   chefi
Di  kombatentis.
Ala  lagartisa
Bida   lagartu  po?
Mar djumbuli.
Tchuba   di  3 di   Agustu di  59 
Torna  Konki  nu  porta.
Tiu Upadai  Gumis 
Kirsintinu   Korson

Botcho ? … 
Ku  rostu 
Di   sin   borgonha:
Kuma
Di kol  ka   bali
Petromar   Kila  bali
Pabia
Dikol  i  di  Pubis
Petromar   i  di  Siu
Estradas Na Kumpudu
Ku projetus
Di Tempu Di Ba Estin
Nhu Kuma El Ki Fasi    

N’faru!
Na fungulinti  kaminhu
Pa   sukura   bontadi di  pubis 
Na  farompa  di  mainanta  distinu
Kil  ka  na  sedu 
Na no Guine

Kada bidado
Um  bolo
Kada rabidado
Um  bolo
Na n’bemba di  pubis
Bariga di  meia
Ratu  sin kor.
Na findji
Paga  salário
Ku  dinhero ki  dadu
Na esquina di li
Na rabatal 
Na   mon  di  tarbadjaduris
Na esquina di  la
Na  mangason 
Di  bindi   arus  li
Di  bindi  gás  la
Di   bindi  kumbustivel
Ku   utrus  cusas
Na  kil  utru ladu
Kuma   si  mon  ma cumpridu
i kata  odjadu
Ma trani!...
I  ka ki  ki ta  kunfundi
Sintidu ba

Tiu  Sana Baio
konta elis:
Pubis i ka buru maradu
Pubis I Tole
Pubis sibi
Pubis odja
Pubis kunsi
Pubis na lanta
E na lanta
Pabia:
Mintida ta madruga

Ma!
I kata mansi

Ai di no tera
Ai no luta
Ai no libertason!?...

Fidjus di  tera 
Kuri  mundu
E  kastiga
E  muri
E  tira  tuga na tera 
ampus!...
Pueta   kanta:
“Badjus
Kasamentis
Ku padidas  
Odjadu”
Kansera kri flaka
Ma! 
 “Mangason  fasidu
Seu  iabri
Kentura  sintidu.”
“Dunu  diskisidu
 Ala  garandesa wuli-wulidu”.

Didi nalas salta
Ma e fika rabu
Tugas bai 
Kolons di tera fika

N´ntoni di olivera Salasar
Kil pirdi guera.
Karlos Salasar Junior
Kil rabu di santchu
Fika i  norostia, i norostia
Te na dia!
Ki ta rabata tera
Na mon di kombatentis
I na sardia
I na malkria
I na muntrusia
I na leusi
I na tchutchi tchutchi kombatentis ku kumpanher
I na dismereci pubis
Ku sumbia di sangui
Na kabesa
Ku nomi di Kabral
Na si boka di benenu
Fidju mal bensidu
Diabu di nfernu

Kuma kombatentis kilis ntentus
E ka sibi lei
E kruptu
E  teo-to
Elis i mercenarius
Na tera propi ki e liberta

Pa susega alma Satanas di salasar
I son pa djunki
Kurpus di kombatentis na tchon
Di tera ki e liberta
Sin dur
Sin piedade
Pabia…
Inspector Alas
Na peral
Pai I Dal Konta
Kinti - Kinti

Pubis kombatentis balenti
No lanta
No firma tchan
No finka pe
No kalsa no sapatu
Pabia
Si bu odja utru kalsa bu sapatu
Anta bu diskalsal nan
No lanta
Didi luta ka kaba inda
Tempu di diskansu ka tchiga
Bedjusa katen

No lanta
Sin arma
Pa mostra elis kuma
Tchebem di no tera
I ka di molostu
Pa mostra elis kuma
Tudu mankara i mankara
Ma kilis ki sai na um kaska
Ma sedu mankara

No lanta
Ki pa e sibi kuma
Anos i rasa mandioka
No rais bali bianda
Padja bali mafe
Po kila bali simentera
Pa djorsons di amanha

No lanta
Pa e sinti kuma
Anos i rasa tchuba
Si no kai riba di bo
Bu ka ta molosta
Bu ta nansi
Bu ta kirsi
Bu ta flura
buta padi
Anos i rasa tchuba
Si bu kai ripa di nos
Bu ka ta molosta
Labur ta bali
Kebur ta tem

No lanta
No sakudi maradura
No dismantcha nbuludju
Zaim Lopes
No da elis na duru
Ki  pa e sibi kuma
Fidju di utru
Kansadu mostra kaminhu
Ma di bo
Ninguin ka na puntau.

Pa e sinti kuma
Na  no  mar
Na  no matu
Pis  ku  bisilon
Ma  tchiu
Di  ke  tubaron

Na  no  tera  
Renansa di  pubis 
Ki firma

       
Na  no tera  i katen
Renansa di  “tabernerus”
Ku katchur-mangus

Na no tera
Salasar  katen  lugar
Ku  fadi  si kasisa

No ka na  sekedu
Djardjaridus  pa pera
Pa   bondadi di  “limarias”

Abo  ku bu  muntudu
Abo  ku  urdumunhu
dia o  dia…
Sal  so  ki   falta.
Si  abo i  rasa  manganasa
Bu  na  wuliwulidu
Bu na n’kadja
Na sur  ku sangui
Di  fidjus  di  tera 
Ki darmadu na e tchon  

Almas   di  kombatentis
Na  pu pe  na  pitu
Sin maina.

E tera  ki bu toma
Bu misti  feti-feti
Bu misti tari-tari
Dia ki na kai
Riba di bo

Bu na para fenti-fenti
Bu estrela na n’sombradu
Pa malgosidura
Di tchon di Guine

Kansare na n’bosau
Pa n’tindintiu kuma
Abo  i um fidenga
Abo i pis seco
Na bela mar
Pa kargantau djongagu
Sin alma

Kil  ora  uuuuuuuuu…
Ai!..
Bu na bida tata-flo

Kil ora
Bu na sedu
Sima  udju di tarafi
Na  burun-baran di  mare
Mare   riba
Mare bas
Alau nel…

Kil   ora
Djugudes  na  djinguiu
Manhotis  na  lundjisi di  bo
Falkos   na  trosa di  bo

Kil  ora 
Bu na  ronia  sin barkafon
Bu na  karmusa sin  djorson
Bu na  rema
Sin  kanua
Sin remo

Abo !...
Sin  tadju
Nin  rebes
Dufuntus  na  tira festa
Baloberus  ku  katanderas
Na badja
Susegu di pubis 
Ki   riba   tera
Mames  ku papes
Para  tchora  sangui!
Pabia anos ;
Anos.
Jovens  di Guine
tchebens di  tera
Tchubas  di  tchon
Mandiokas  di Abel djasi
No  rasa  dja  tersu
No lei  dja  Alcorao
No  mandji dja
No   finka urna
No  jura
Pa ki ma sagradu.
Tera  ten ki limpu
Bardadi ten ki fima
Na  pátria di kombatentis
Mames
Bo pembinu
Pa no pudi  kumpu tera
Gloria pa tudu herois
Ku martris di no tera




Kumite Abel djasi
Agosto 2011


Continua na próxima edição….
O que agora acabamos de transmitir constitui uma modesta contribuição para uma longa caminhada ainda a percorrer…
Estamos abertos a criticas, sugestões e  comentários e textos  de modo a melhorar e tornar mais abrangente e participativo este comité.
Até breve….